terça-feira, 22 de março de 2011

O RETORNO DE BRECHERET A PARIS E A PORTADORA DE PERFUMES



A trajetória artística do escultor Victor Brecheret (São Paulo - l894 - São Paulo -1955) é sem dúvida sui generis, pois primeiro venceu na França para depois vencer, ser reconhecido, e valorizado no seu país.

Em 1913 V. Brecheret foi para Roma retornando em 1919, tendo assim permanecido naquela cidade durante a primeira guerra mundial, sendo discípulo no professor Dazzi assim aprimorando assim sua técnica escultórica.

Em 1921 pensionado pelo governo do Estado de São Paulo - em Paris em 1925 foi contratado pelo Senador Freitas Valle para esculpir a obra posteriormente denominada a Musa Impassível, em homenagem à poetisa Francisca Julia, e que se encontra na Pinac oteca do Estado de São Paulo - vai para Paris, ali permanecendo até 1936 quando então retorna definitivamente para o Brasil para reiniciar a sua obra maior, o Monumento às Bandeiras um gigantesco bloco de granito retratando a colonização de São Paulo, e assim dar continuidade à sua criação escultórica, ornamentando a cidade com 28 obras em logradouros públicos e 06 em cemitérios, entre elas a Mise au Tombeaux, premiada no Salão de Outono de Paris em 1924.

Em 1934 o governo da França adquiriu para o museu Jeu de Pomme a escultora O Grupo, que primeiramente ficou no Jardin des Tueleries até o início da Segunda Grande Guerra, um majestoso granito que se encontra presentemente no jardim de uma biblioteca no sul deste país, na cidade de La Roche sur Yon, sendo que na oportunidade de sua aquisição o artista recebeu do governo francês a Cruz de Honra a Título de Belas Artes no Grau de Cavaleiro.

No seu período parisiense Brecheret (1921-1936) alcançou destaque quando viviam em Paris cerca de 30.000 artistas, de todas as nacionalidades, convivendo entre outros com Brancusi, Bourdelle, Maioll, Zadquine, Pompom, Mestrovich.

Em Paris Brecheret expôs entre outros salões no Salão de Portadora de perfumes, obra essa que enseja o seu retorno a Paris após 86 anos.

No ano de 1921 no mesmo Salão de Outono recebeu Premiação com a obra Templo de minha raça, sendo que em 1925 recebeu Menção Honrosa no Salão de La Sociéte dés Artistes Français de sculpture et gravure.

Participou durante a mesma década de ’20 de várias exposições prestigiosas na França e na Itália, como a Exposição Internacional de Roma em 1925 e posteriormente no Salon de Mai (1952) - vide link Obras no site www.victor.brecheret.nom.br -.

A escultura em questão, cuja cerimônia de doação se deu no dia 13 de outubro de 2010, no Senado da França que guarda a sua própria história e que pertenceu também à monarquia primeiramente, com Maria de Médicis e posteriormente no reinado de Luis XVI, foi doada pela filha do artista Sandra Brecheret Pellegrini com apoio da FUNDAÇÃO ESCULTOR VICTOR BRECHERET (www.victor.brecheret.nom.br), da qual ela presidente vitalícia, e sem dúvida alguma podemos afirmar ser a mais importante e honrosa homenagem que esse artista magistral de nível internacional recebe após a sua morte ocorrida em 17.12.1955, passando a figurar entre as demais obras de arte que ornamentam o complexo do Jardim de Luxemburgo, certamente orgulho não apenas dos franceses, mas igualmente daqueles que já tiveram o privilégio de conhecê-lo, salientando que obra se encontra no jardim privativo do Presidente do Senado, - também conhecido como Le jardin de La Reine - sendo a única obra naquele local e de autoria de um artista não-francês.

A cerimônia de doação da escultura se deu na pessoa do presidente do Senado da França, Senador Gérard Larcher.


A escultura em questão, cuja cerimônia de doação se deu no dia 13 de outubro de 2010, no Senado da França que guarda a sua própria história e que pertenceu também à monarquia primeiramente, com Maria de Médicis e posteriormente no reinado de Luis XVI, foi doada pela filha do artista Sandra Brecheret Pellegrini com apoio da FUNDAÇÃO ESCULTOR VICTOR BRECHERET (www.victor.brecheret.nom.br), da qual ela presidente vitalícia, e sem dúvida alguma podemos afirmar ser a mais importante e honrosa homenagem que esse artista magistral de nível internacional recebe após a sua morte ocorrida em 17.12.1955, passando a figurar entre as demais obras de arte que ornamentam o complexo do Jardim de Luxemburgo, certamente orgulho não apenas dos franceses, mas igualmente daqueles que já tiveram o privilégio de conhecê-lo, salientando que obra se encontra no jardim privativo do Presidente do Senado, - também conhecido como Le jardin de La Reine - sendo a única obra naquele local e de autoria de um artista não-francês.

A cerimônia de doação da escultura se deu na pessoa do presidente do Senado da França, Senador Gérard Larcher.

Um comentário:

  1. nao abordou certamenete todo o assunto e eu precisava da historia para um trabalho de colegio

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